Esses dias eu li um texto lindo da Martha Medeiros (sou fã, admito) que fala sobre mudança. Sabe aquele tipo de texto que só chama a nossa atenção quando a gente tá passando exatamente por aquilo? Pois é. Calhou de ser comigo. ¬¬°
Fui lendo aquele texto e, confesso que apesar de saber que é verdade e muita gente sente medo da mudança mas não diz, aquilo me calou. Sabe quando a gente engole seco? Fui lendo, aquele texto simples, bem a cara da Martha mesmo. Eu não queria admitir que tinha medo da mudança. MUITO MEDO.
Medo de pegar aquilo tudo que eu demorei pra construir, aprender a amar e sentir algo que há muito tempo não sentia. Eu estava defendendo com unhas e dentes um passado que já não fazia parte do meu presente. Mas quem quer admitir que o tempo passou, quando o que a gente mais quer é que ele volte atrás? Dá medo, uma insegurança terrível de aceitar que as coisas mudam, e que a gente tem que mudar também, afinal. Mudar quando é preciso, pode doer, mas funciona. Demora, mas faz sentido. E hoje, particularmente hoje, qd eu desci as escadas do metrô às 08:20 da manhã, toda molhada de chuva, morrendo de sono (pq meu plantão tinha sido um saco), mas rindo sozinha e me sentindo feliz como há muito tempo não sentia, pude perceber que mudar demora e pode doer, mas quando essa dor se transforma em força pra entender que a felicidade começa dentro da gente, sorrir sozinha passa de loucura pra uma sanidade sem palavras. Hoje eu tô tão feliz que esse texto disse, disse, disse, mas não conseguiu descrever um terço da satisfação que bate aqui dentro.
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